
O Bico II
R. Engenheiro Ferreiro Dias, 1 Lisboa
Caros amigos,
Desta feita calhou-me a mim, o elemento mais recente do grupo, informar-vos de como correu a nossa última "almoçarada".
Pois bem, mais uma vez partimos em busca de um restaurante referenciado pelo nosso mestre da gastronomia portuguesa, Paulo Baptista. Este levou-nos a um lugar com um nome muito convidativo, "O Bico II".
Fomos completamente "abalroados" por pensamentos muito pecaminosos, vulgo "conversa da cueca".
Entre risos e galhofa fomos entrando e foi-nos indicada a mesa onde seríamos atendidos. Tudo muito correcto, com pompa e circunstância, como a etiqueta exige.
Apresentaram-nos uma mesa muito bem posta, já com a loiça colocada, umas garrafas de vinho, para embelezar a mesma, e as devidas azeitonas, que para quem não sabe ou ainda não reparou, é um alimento que deve ser servido, e agora entra o português de duas faces, húmido, logo ao estarem em cima duma mesa, por incrível que pareça, têm tendência em secar, vá-se lá perceber estas coisas... Este foi o primeiro erro que encontrei. E sim Minas, eram azeitonas. As baratas têm patas...
Mas perfeccionismos à parte as pessoas que nos serviram foram muito atenciosas, colocando-nos logo ao corrente dos pratos existentes e aqueles que demorariam menos tempo.
Sendo estes o "Leitão", a "feijoada de Choco", "Arroz de Pato", que eram os pratos do dia, e os restantes pratos que todo o restaurante tem como alternativa.
Enquanto escolhia-mos o que haveria-mos de comer, fomos presenteados com cestos de pão, queijos e uns pratinhos com as famosas manteiguinhas e patés. Devo dizer que o pão era de comer e chorar por mais. Muito saboroso e estaladiço, dando logo a vontade de o "besuntar" de manteiga e devorá-lo. Assim o fizemos, claro.
Decidimos então o que comer, eu e o Ribas optamos pelo "Arroz de Pato", o Baptista e o Rosa ficaram-se pela "feijoada de Choco", tendo o mais esquisito e por vezes míope, o Minas, escolhido um prato que não era do dia, "Secretos".
Mas por acaso não demoraram muito a servir a malta. A comida estava também muito boa, não era qualquer coisa do outro mundo, mas estava com um muito bom paladar.
Foi pedido um jarro de vinho tinto da casa, uma garrafa de água, como não podia deixar de ser, e uma coca-cola, para que não nos sentíssemos secos.
Seguiram-se as sobremesas, bolo de bolacha, para mim, para o Ribas e para o Minas, e uma mousse para o Rosa. O Baptista decidiu ficar-se por um meio whisky para o café.
Pedimos os cafés, 4, e os devidos acompanhamentos, dois meios e um licor Beirão.
Claro que todo este almoço foi acompanhado por muita conversa, muito riso e muito gozo, sendo desta vez o Ribas o alvo mais afectado.
Pedimos a conta e foi-nos apresentado um talão de €79,75. Devo lembrar os leitores que éramos apenas 5 pessoas, contas feitas dava exactamente €15,95 por pessoa. Mas ao examinar bem o talão reparámos que só de entradas estavam a ser facturados uns expressivos €11,50. ???
Chamámos o responsável e confronta-mo-lo com tal situação, tendo ele informado a malta que cada pãozito que por nós foi BRUTALMENTE devorado, era mesmo bom pah, custava apenas €0,50, ficando assim, só em pão, €4,50. O erro é que ele tinha também facturado um queijo, conversa dele, mas que estava incorrecto, pois não o comemos.
Ficou então mais barato €3. Contas finais deu €15,35.
Ora como a malta até gosta de comer mas pagar muito é que não, ficámos um pouc0, a favor, desanimados. Sendo entregue a este restaurante uma nota muito negativa.
Moral da história, o nome por vezes é correcto, pois levámos um GRANDA Bico.
Muito obrigado pelo tempo que despenderam a ler este artigo.
Pontuação: