quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

O Bico II - Não se deixem enganar pelo nome...


O Bico II
R. Engenheiro Ferreiro Dias, 1 Lisboa






Caros amigos,

Desta feita calhou-me a mim, o elemento mais recente do grupo, informar-vos de como correu a nossa última "almoçarada".
Pois bem, mais uma vez partimos em busca de um restaurante referenciado pelo nosso mestre da gastronomia portuguesa, Paulo Baptista. Este levou-nos a um lugar com um nome muito convidativo, "O Bico II".
Fomos completamente "abalroados" por pensamentos muito pecaminosos, vulgo "conversa da cueca".
Entre risos e galhofa fomos entrando e foi-nos indicada a mesa onde seríamos atendidos. Tudo muito correcto, com pompa e circunstância, como a etiqueta exige.
Apresentaram-nos uma mesa muito bem posta, já com a loiça colocada, umas garrafas de vinho, para embelezar a mesma, e as devidas azeitonas, que para quem não sabe ou ainda não reparou, é um alimento que deve ser servido, e agora entra o português de duas faces, húmido, logo ao estarem em cima duma mesa, por incrível que pareça, têm tendência em secar, vá-se lá perceber estas coisas... Este foi o primeiro erro que encontrei. E sim Minas, eram azeitonas. As baratas têm patas...
Mas perfeccionismos à parte as pessoas que nos serviram foram muito atenciosas, colocando-nos logo ao corrente dos pratos existentes e aqueles que demorariam menos tempo.
Sendo estes o "Leitão", a "feijoada de Choco", "Arroz de Pato", que eram os pratos do dia, e os restantes pratos que todo o restaurante tem como alternativa.
Enquanto escolhia-mos o que haveria-mos de comer, fomos presenteados com cestos de pão, queijos e uns pratinhos com as famosas manteiguinhas e patés. Devo dizer que o pão era de comer e chorar por mais. Muito saboroso e estaladiço, dando logo a vontade de o "besuntar" de manteiga e devorá-lo. Assim o fizemos, claro.
Decidimos então o que comer, eu e o Ribas optamos pelo "Arroz de Pato", o Baptista e o Rosa ficaram-se pela "feijoada de Choco", tendo o mais esquisito e por vezes míope, o Minas, escolhido um prato que não era do dia, "Secretos".
Mas por acaso não demoraram muito a servir a malta. A comida estava também muito boa, não era qualquer coisa do outro mundo, mas estava com um muito bom paladar.
Foi pedido um jarro de vinho tinto da casa, uma garrafa de água, como não podia deixar de ser, e uma coca-cola, para que não nos sentíssemos secos.
Seguiram-se as sobremesas, bolo de bolacha, para mim, para o Ribas e para o Minas, e uma mousse para o Rosa. O Baptista decidiu ficar-se por um meio whisky para o café.
Pedimos os cafés, 4, e os devidos acompanhamentos, dois meios e um licor Beirão.
Claro que todo este almoço foi acompanhado por muita conversa, muito riso e muito gozo, sendo desta vez o Ribas o alvo mais afectado.
Pedimos a conta e foi-nos apresentado um talão de €79,75. Devo lembrar os leitores que éramos apenas 5 pessoas, contas feitas dava exactamente €15,95 por pessoa. Mas ao examinar bem o talão reparámos que só de entradas estavam a ser facturados uns expressivos €11,50. ???
Chamámos o responsável e confronta-mo-lo com tal situação, tendo ele informado a malta que cada pãozito que por nós foi BRUTALMENTE devorado, era mesmo bom pah, custava apenas €0,50, ficando assim, só em pão, €4,50. O erro é que ele tinha também facturado um queijo, conversa dele, mas que estava incorrecto, pois não o comemos.
Ficou então mais barato €3. Contas finais deu €15,35.
Ora como a malta até gosta de comer mas pagar muito é que não, ficámos um pouc0, a favor, desanimados. Sendo entregue a este restaurante uma nota muito negativa.

Moral da história, o nome por vezes é correcto, pois levámos um GRANDA Bico.

Muito obrigado pelo tempo que despenderam a ler este artigo.

Pontuação:

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Restaurante Palmeira - Almoço de grupo

Restaurante Palmeira
R. Alves Gouveia - Olivais





Vimos por este meio, em primeiro lugar, agradecer a todas as pessoas que têm acompanhado e apoiado este blog. De forma a irmos mais ao encontro dos vossos desejos e como o número de visitas já é considerável, todos os colaboradores d'A Rota apelam a uma maior participação da vossa parte, quer com comentários às críticas aqui feitas, quer com um aumento do número de seguidores. Não é capricho nosso, apenas pretendemos melhorar os nossos artigos e aumentar a interactividade com os nossos leitores.

Feito este apelo, passemos ao artigo.

Restaurante Palmeira, tasco com uma bela esplanada, ideal para estar tardes inteiras a beber imperial acompanhada pelo belo caracol, ou com camarão dos pobres (sinónimo de tremoço). Isto era o nosso destino inicial, mas como o dia estava solarengo, a esplanada estava cheia e tivemos que almoçar debaixo de tecto. Contudo não nos podemos queixar da sorte, pois apesar do número elevado de pessoas que o nosso mestre angariou para este almoço (10 ao todo) conseguimos arranjar uma mesa rapidamente.

O aspecto do restaurante é aquele a que já habituamos os nossos leitores, não se tratasse este de um restaurante digno de ser referenciado n'A Rota Baptista. Aconselho vivamente a provarem o pão de mistura, que é muito bom, prova disso foram as constantes reposições de pão na mesa. Enquanto aguardávamos a chegada da comida reparamos que, no frigorífico, mesmo em cima do peixe estão colocados sacos de serapilheira cheios de caracoletas. Ora, se há uns séculos atrás uma maçã caiu na cabeça do Newton devido ao que mais tarde iria chamar gravidade, então o ranho da caracoleta, também este sob efeito dessa mesma gravidade cai para cima do peixe. Houve quem ignorasse essa situação dizendo e passo a citar "acho que aquilo é berbigão!" (não quero acusar nínguem, mas foi o Minas).

Em termos de comida, as escolhas recaíram todas na carne. Picanha e naco de carne foram as mais requisitadas, enquanto que os mais esquisitos comeram plumas de porco preto, o belo do bitoque com ovo a cavalo e fillet mignon (palavra esta que o Baptista após uns copos de vinho já não consegue pronunciar correctamente). Do cardápio das bebidas, foram seleccionados o vinho caseiro carrascão, imperial, ice tea e água (para os abstémios). Das sobremesas, não há muito para escrever, pois foram consideradas "normais". A considerar que um dos nossos colaboradores esteve mais preocupado em avaliar as vistas à sua frente do que a comida, e cujas palavras sobremesa soaram a sobre a mesa. (não querendo novamente ser acusado de estar a apontar o dedo, o nome dele começa por "R" e acaba em "icardo").

Por fim, chegámos ao final do almoço, em amena cavaqueira, de estômago cheio e satisfeitos com mais um belo manjar indicado pelo nosso mestre. Contudos somos surpreendidos quando surge a sempre dolorosa sopa de letras, contas feitas, 14€ por pessoa (entradas, prato, sobremesa e café). É certo que abusámos, mas consideramos excessivo, tendo em conta que o Minas não partiu nada.

Conclusão, a comida é boa e recomenda-se, mas pé no travão se não lá se vai o pé de meia.

PS. Se forem de carro, vejam bem onde é a saída, se não arriscam-se a ficar atolados ou a fazer a avenida em contra-mão.

Pontuação:



Torrão - O Último Recurso


Restaurante Torrão
Rua Bento de Jesus Caraça - Moscavide




Foi numa bela Quarta-feira, que já fazia lembrar a Primavera, que se decidiu combater a fome no Restaurante "A Roda", já analisado anteriormente neste espaço. Infelizmente o establecimento encontrava-se encerrado e obrigou-nos a procurar um local de recurso, que tal como o título desta análise refere, se chama O Torrão.

Tal como a grande maioria dos establecimentos aqui analisados, é um "tasco" que se caracteriza por pequenos promenores, como por exemplo, a refeição ao balcão e a forma como junta pessoas totalmente desconhecidas à mesma mesa.

Relativamente à refeição propriamente dita, fomos presenteados inicialmente com as habituais entradas, seguidamente foram seleccionados os seguintes pratos, Picanha, Entrecosto à Ribatejana e Espetada. Todos os pratos estavam igualmente bem servidos e bem confeccionados, é sem dúvida um local em que a quantidade é mais que suficiente para combater a fome. No que diz respeito à sobremesa, foram seleccionadas Brigadeiro e Bolo de Bolacha, tal como na refeição principal estavam igualmente bem servidas, apesar de o Bolo de Bolacha não se encontrar muito do nosso agrado. No entanto temos que deixar uma palavra de destaque para o Brigadeiro, que deixou marcas muito positivas no Ricardo.

O valor deste repasto ficou na casa dos 10€ (entradas, refeição principal, bebidas, sobremesa e café). O atendimento é bastante bom, quer a nível de rapidez como a nível de educação das pessoas, no entanto julgamos que o valor monetário é talvez um pouco elevado.

Sem mais a acrescentar me despeço e até à próxima análise.

Pontuação: